Após um caso gravíssimo de trabalho escravo nas vinícolas da Aurora, Garibaldi e Salton, uma investigação revelou que as medidas adotadas pelos maiores supermercados do país para combater o trabalho escravo em suas cadeias de fornecimento falharam.
O Carrefour e Grupo Pão de Açúcar como signatários do “Pacto pela erradicação do trabalho escravo no Brasil”, deveriam dar o exemplo. Mas não é o que vimos.
Grandes redes de supermercados do Brasil, depois do ocorrido com as vinícolas, é o momento de se responsabilizar por suas cadeias produtivas:
Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Mateus e Assaí: trabalho escravo nas prateleiras, não!
Os trabalhadores eram tratados com espancamentos, choques elétricos e spray de pimenta. É inaceitável que em pleno século XXI ainda existam trabalhadores sendo submetidos a condições desumanas em nome do lucro.
Apesar de contratos com cláusulas rígidas para que fornecedores seguissem as leis trabalhistas, não foi o suficiente para evitar que trabalho escravo fosse encontrado em suas gôndolas. A atitude dos supermercados precisa mudar, sem subterfúgios.
O Zona Sul Supermercados, uma das maiores redes de supermercados do Rio de Janeiro, já suspendeu a venda destes produtos amargos: agora é a vez dos maiores supermercados do país fazerem o mesmo.
A comunidade Ekō já esteve ao lado de pequenos produtores de cacau na luta contra a gigante Nestlé, por compensações mais justas. Desta vez não pode ser diferente: basta de trabalho escravo nas prateleiras dos supermercados!
Mais informações
G1. 10 março 2023.
Yahoo. 3 março 2023.
Repórter Brasil. 10 março 2023.