Uma montanha gigante de roupas descartadas está se acumulando no Deserto do Atacama, no Chile. E marcas como Nike e TJ Maxx, são responsáveis.
Mas ainda há esperança, principalmente com a chegada do novo presidente progressista, que tomará posse do cargo em março.
Gabriel Boric está definindo a composição de seu gabinete e estabelecendo as prioridades na agenda presidencial para os primeiros meses - e precisamos garantir que pôr um fim à indústria fast fashion esteja no topo de sua lista.
Este cemitério de roupas faz parte de uma cadeia de problemas: roupas não vendidas e de segunda mão que são feitas na Ásia, Europa e Estados Unidos, encerram seu ciclo descartadas no Chile. Isso é o resultado desastroso da superprodução da indústria da moda.
Poluição da água, vazamento de produtos químicos e microplásticos são apenas alguns dos riscos ambientais que fazem da indústria fast fashion uma das mais poluentes do mundo. É um claro exemplo do impacto devastador do neoliberalismo corporativo que marcou a história do Chile.
Durante décadas, as políticas chilenas de paraíso fiscal e pró-mercado permitiram o crescimento desses locais de despejo. O governo chileno sempre teve o poder de colocar as pessoas e o planeta acima do lucro, mas não tem feito a escolha certa. Mas com a pressão de nossa comunidade, a mudança pode estar próxima.
O presidente recém eleito, a quem muitos veem como “símbolo de esperança”, prometeu durante sua campanha, forjar um futuro mais igualitário e ecológico para o Chile. Ele tem uma famosa frase: "Se o Chile foi o berço do neoliberalismo na América Latina, também será o seu túmulo”.
Vamos garantir que ele cumpra sua promessa!
Sabemos do poder da nossa comunidade, já conseguimos frear a indústria da moda antes. Mais de 100.000 membres da SumOfUs pressionaram a marca de jeans Levi's, a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 40%. Como resultado, estabelecemos um precedente importante para a regulação da indústria da moda.
Juntes, podemos usar coletivamente nossa voz para fazer o mesmo no Chile!
Mais informações
R7. 10 novembro 2021.
R7. 1 dezembro 2021.
Estadão, E-Investidor. 17 julho 2021.