A mina Veladero, da mineradora canadense Barrick Gold, já despejou milhões de litros de água contaminada com mercúrio e cianeto diretamente nos rios que fornecem água potável para as comunidades do norte da Argentina.
Desde o primeiro vazamento catastrófico em 2015, os moradores de San José de Jáchal têm bebido água engarrafada. Convivem com medo de que suas crianças sejam envenenadas, que seu sustento seja ameaçado e que o rio Jáchal nunca se recupere da contaminação.
Mas o grupo comunitário local Asamblea Jáchal No se Toca tem resistido. E estão trabalhando incansavelmente para convencer o governo a fazer cumprir a lei e fechar a mina Veladero. Como este é um ano eleitoral na Argentina, a probabilidade de as autoridades governamentais ouvirem suas exigências agora é maior do que nunca. Mas, precisam do seu apoio.
O vazamento da mina Veladero ocorrido em 2015 é considerado o pior desastre ambiental da história da mineração argentina. Mas a Barrick não alertou ninguém quando aconteceu.
O vazamento da mina Veladero ocorrido em 2015 é considerado o pior desastre ambiental da história da mineração argentina. Mas a Barrick não alertou ninguém quando aconteceu.
Jáchal e as outras comunidades próximas só descobriram que suas águas estavam contaminadas com mercúrio e cianeto graças a uma mensagem de WhatsApp enviada por um funcionário da mina que se preocupou com os locais. A Barrick só admitiu publicamente que o derramamento aconteceu seis dias depois.
O governo depois multou a Barrick Gold em 10 milhões de dólares e fechou temporariamente a mina. Mas a comunidade e as universidades locais identificaram outros quatro vazamentos desde então e que não foram comunicados pela empresa. É evidente que, enquanto a mina Veladero permanecer aberta, as comunidades vizinhas estarão em risco.
O Código de Mineração da Argentina estabelece que as empresas devem cessar suas operações após três infrações ambientais. A mina Veladero também está localizada em uma área periglacial, o que constitui uma violação da lei nacional para a proteção dos glaciares.
Mas a Barrick Gold é tão poderosa que as autoridades do governo nacional e das províncias fingem não ver e permitem que a mina continue a operar normalmente. Eles estão até mesmo pensando em deixar a Barrick expandir a mina e estender sua operação por mais 10 anos.
Se nós da comunidade Ekō nos unirmos, poderemos ajudar a Asamblea Jáchal No se Toca a organizar protestos públicos globais contra os vazamentos tóxicos da mina Veladero, forçando as autoridades do governo argentino, que estão concorrendo à reeleição neste ano, a tomar medidas contra a Barrick Gold.
Mais informações
Os maiores crimes ambientais da mineração a céu aberto na América
Instituto Humanitas. 12 agosto 2018.
Instituto Humanitas. 12 agosto 2018.
Argentina denuncia mineradora Barrick Gold por vazamento em mina de ouro
Uol. 2 setembro 2016.
Uol. 2 setembro 2016.
Barrick Gold admite otro derrame en una mina en Argentina (em espanhol)
DW. 14 janeiro 2017.
DW. 14 janeiro 2017.
Barrick Gold under fire by UN for toxic spills from Veladero mine in Argentina
Financial Post. 17 novembro 2022.
Financial Post. 17 novembro 2022.